As influências na safra de cana deste ano são tantas que a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) prevê a moagem de cana com um intervalo de até 25 milhões de toneladas.
Os principais fatores que podem influenciar o resultado da safra são as condições climáticas, parte do canavial envelhecido e a possibilidade de ocorrência de geadas.
Embora a nova safra tenha começado há poucas semanas, as usinas já moeram neste ano um volume histórico de cana-de-açúcar, uma vez que boa parte delas não fez interrupção de colheita na entressafra.
De janeiro a 16 de abril, a moagem atinge 62 milhões de toneladas. Apenas na primeira quinzena deste mês foram 33 milhões de toneladas, 152% mais do que em igual período de 2015.
Na avaliação da entidade, a moagem terá um piso de 605 milhões a até 630 milhões de toneladas em 2016/17, safra que começou neste mês. A estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é de 638 milhões para a região neste período.
Com uma moagem de cana nesse patamar, a Unica estima uma produção de açúcar de 33,5 milhões a 35 milhões de toneladas.
Se confirmados, esses dados dão um aumento de 7,3% a 12% em relação ao da safra anterior.
Para a Conab, a produção de açúcar atingirá 34,3 milhões de toneladas na região centro-sul, com avanço de 11% em relação ao da safra anterior.
A produção de etanol é calculada pela Unica em 27,5 bilhões a 28,7 bilhões de litros, enquanto a Conab prevê 28,4 bilhões para a região.
O recorde de moagem neste início de safra na região centro-sul do Brasil mexeu com os preços do açúcar na Bolsa de commodities de Nova York.
O primeiro contrato foi negociado a 15,55 centavos de dólar por libra-peso (454 gramas) nesta quarta-feira (27), com queda de 1,4% no dia.
Fonte: Folha de S. Paulo